Você sabe qual exame detecta hepatite? O diagnóstico da doença se baseia na pesquisa de marcadores sorológicos e, por vezes, em exames laboratoriais e de imagem complementares. Dessa maneira, pode-se identificar o tipo de vírus causador da inflamação, bem como o grau de acometimento.
Neste artigo, explicamos mais sobre a enfermidade e como é o processo para o seu diagnóstico. Veja, também, onde realizá-lo em Cacoal, RO. Boa leitura!
O que é e quais são os tipos de hepatite?
A hepatite é uma inflamação do fígado bastante comum. Ela pode ser aguda (quando começa subitamente e tem curta duração) ou crônica (quando presente há mais de seis meses).
Os casos de hepatite aguda (A, B, C, D e E) costumam ter origem viral e se resolver espontaneamente. Porém, alguns evoluem para quadros de hepatite crônica (B ou C).
Causas
Entre os fatores de risco para a ocorrência da hepatite, além dos já citados vírus, destacam-se:
- o etilismo (consumo excessivo de álcool);
- o fígado gorduroso não alcoólico (DHGNA);
- a esteato-hepatite não alcoólica (EHNA);
- o uso de determinados medicamentos (como a isoniazida).
Existe, ainda, a hepatite autoimune, a qual é menos comum. Nesse caso, trata-se de uma reação do sistema imunológico que inflama o fígado.
Sintomas
As hepatites virais agudas podem ser assintomáticas ou provocar febre, náuseas, vômitos, falta de apetite, icterícia (pele e olhos amarelados) e/ou dor na parte superior direita do abdômen. As hepatites crônicas, por sua vez, também não costumam provocar sintomas ou produzem reações genéricas, como sensação de mal-estar, fadiga e inapetência.
Como é a incidência da hepatite no Brasil?
O último boletim epidemiológico de hepatites virais, publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, mostra que entre 2000 e 2021 foram notificados 718.651 casos da doença no Brasil. Tratam-se de:
- 168.175 casos de hepatite A (23,4%);
- 264.640 casos de hepatite B (36,8%);
- 279.872 casos de hepatite C (38,9%);
- 4.259 casos de hepatite D (0,6%).
Na região Norte do País, o tipo mais frequente é a hepatite D (73,7% dos casos). Em seguida, aparecem os casos de hepatite A (25,3%), hepatite B (14,5%) e hepatite C (3,6%).
Qual exame detecta hepatite?
Agora, respondendo à pergunta inicial: qual exame detecta hepatite? Pois bem, para diagnosticar a doença, o médico (gastroenterologista ou hepatologista) considera o histórico clínico e os sintomas apresentados pelo paciente.
Além disso, realiza exames físicos e solicita exames sorológicos, os quais permitem identificar o vírus responsável pela inflamação. Por exemplo:
- a hepatite A é diagnosticada por meio do marcador sorológico anti-HAV IgM reagente;
- a hepatite B é diagnosticada por meio dos marcadores sorológicos HBsAg ou anti-HBc IgM reagentes ou via exame de biologia molecular para hepatite B (como HBV-DNA detectável);
- a hepatite C é diagnosticada por meio dos marcadores sorológicos anti-HCV ou HCV-RNA reagentes;
- a hepatite D é diagnosticada em casos que atendam aos critérios de diagnóstico da hepatite B e por meio dos marcadores sorológicos anti-HDV total ou anti-HDV IgM reagentes;
- a hepatite E é diagnosticada por meio dos marcadores sorológicos anti-HEV IgM e anti-HEV IgG reagentes ou via exame de biologia molecular para hepatite E (como HEV-RNA detectável).
Outros exames úteis são as provas de função hepática. Elas permitem avaliar o funcionamento do fígado por meio da dosagem de enzimas e proteínas, como as transaminases (TGO e TGP). Sabe-se que uma pequena elevação da TGO pode indicar a presença de hepatite crônica. Já uma grande elevação da TGO pode ser indício de hepatite viral aguda.